CHARLES XXXrecompensa


Muitas pessoas difíceis de serem compreendidas, alienadas, com mentes enigmáticas e perturbadas estiveram, indevidamente, no centro das atenções em determinada década. Fora durante o movimento hippie nos Estados Unidos que uma dessas figuras manipulou os holofotes para si: Charles Milles Maddox, o macabro Charles Manson, que teve a morte anunciada dia 19 de novembro, é recordado até os dias mais atuais como o absoluto ícone do mal, e é dele que este documentário há de tratar.

    O canal The Biography Channel, emissora focada na produção de biografias de grandes personaliades, foi quem elaborou o documentário, o qual aborda desde a infância e o período adolescente do psicopata, quando já possuía uma extensa ficha criminal, na qual havia de roubo de correspondência e falsificação ao controle de prostitutas, até mais tarde na fase adulta, quando, após ser libertado pela última vez da penitenciária, enquanto tentava uma carreira musical, Manson viajou para São Francisco e entrou em contato com o movimento contra-cultural, mais lembrado como movimento hippie, onde se deparou com uma filosofia totalmente revolucionária fixada por jovens criativos e abertos, que fora corrompida com a freqüência de pessoas mais perturbadas e envolvidas com drogas; da inocência à violência.

    Charles Manson, agora livre, não sabendo o que era ter uma família até então, pois sempre viveu dentro de reformatórios juvenis às prisões, não tinha dúvidas de que ele voltaria para a cadeia, a qual ele considerava o seu verdadeiro lar, onde pertencia. Manson, ao dar de cara com todos aqueles jovens vulneráveis de mentes vazias sem respostas, atrás de um ídolo e de uma filosofia para acreditar e seguir, disfarçou-se de um absoluto hippie e conquistou seguidores, muitos deles provenientes da classe média com pais divorciados, para o próprio benefício, os drogando e nomeando ele e seus adoradores como: A Família.

    Manson, simultaneamente que lutava para lançar um disco, viajou com os seus fiéis a um rancho, sempre os estimulando com drogas, como LSD. No rancho, isolados, Manson oficializou a sua seita, sendo visto religiosamente pelos seus admiradores como a própria reencarnação de Jesus Cristo. Dentre os pecados que doutrinava, Charles pregou aos seus devotos a máxima nazista da supremacia da raça branca, a separação das crianças de seus pais, invasão e saque de residências e lixos de supermercados, além de orgias regadas a muito LSD entre seus membros.

    Em 1968, os Beatles lançaram o ilustre Albúm Branco, e foi dele que Manson tirou a sua incomum ideologia e o seu mais famoso presságio. O disco trouxe a canção "Helter Skelter”, que, para a mente demente de Manson, simbolizava a batalha final da terra, a “guerra racial”. Buscando expandir os seus ensinamentos , Charles Manson revela sua incomum profecia à A Família: Ele considerava que em um futuro mais próximo os negros, mais especificamente o grupo “Panteras Negras”, travariam uma guerra sangrenta contra os brancos, a chamada por ele de “guerra racial”. Quem sairiam vencedores desta batalha seriam os negros, porém, não prosseguiriam dali, pois seriam incapazes de liderar sozinhos( ponto de vista racista de Charles Manson). O estopim da guerra seria lançado com uma tragédia que deixaria os brancos furiosos contra os negros. A Familia de Manson abrigaria-se no deserto em uma cidade de ouro da qual ele tivera conhecimento em um livro religioso. O psicopata enxergado como messias e seus fiéis só retornariam a civilização após o fim da guerra, e tomariam o controle de toda situação.

    Em 1969, Charles Manson percebeu que os negros não provocaram a guerra na data que ele tinha planejado e decidiu iniciar a “guerra racial” ele mesmo, enviando um pequeno grupo dos seus seguidores a casa alugada do diretor Roman Polanski, assim ocasionando o que todo o mundo nunca vai esquecer.

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